SEARCH
Your address will show here 12 34 56 78

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está com processo seletivo aberto para o cargo de professor substituto de arquitetura e urbanismo. A vaga é de 40h semanais com o vencimento básico de R$ 4.304,92. É necessário ter graduação em arquitetura e urbanismo e as inscrições podem ser realizadas até segunda-feira (20/03). Os candidatos serão avaliados através de uma prova escrita, análise de currículo e entrevista presencial. É possível conferir mais informações aqui.

Também serão analisados os conhecimentos dos candidatos a respeito do projeto arquitetônico e suas interações com a tecnologia, habilidades de representação gráfica de mão livre, desenho técnico, maquetes e protótipos, além das ferramentas de CAD, modelagem 3D, desenho vetorial, BIM e processamento de imagens. A realização das avaliações deve ocorrer entre os dias 3 a 6 de abril, nos locais informados através do cronograma de provas. O documento será divulgado no dia 31 de março através do www.ufrgs.br/progesp/?page_id=38943. Dúvidas podem ser enviada para arq01@ufrgs.br ou através do telefone (51) 3308-3124.

Foto: Acervo/Comunicação/UFRGS

The post UFRGS abre processo seletivo para professor substituto de arquitetura e urbanismo appeared first on FNA.

0

O Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU) tornou público, nesta quinta-feira (16/03), o Edital de Apoio a Coletivos Locais pelo Direito à Cidade, em que serão selecionadas iniciativas populares de articulações, fóruns e redes locais vinculadas ao FNRU voltadas para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs). As inscrições acontecerão de 16 a 31 de março de 2023, exclusivamente por este formulário. O apoio financeiro será de até R$6.000,00 (seis mil reais) por iniciativa apoiada.

A chamada tem como objetivo oferecer apoio financeiro para possibilitar a realização de iniciativas populares voltadas para o fortalecimento das organizações locais e suas redes na defesa e promoção do direito à cidade. A avaliação das propostas ocorrerá de 1 a 27 de abril, a divulgação do resultado no dia 28 de abril e a realização dos projetos deve acontecer de maio a outubro de 2023.

Que tipo de iniciativa pode ser apoiada?
As propostas devem estar vinculadas a um dos dois eixos a seguir:

Eixo 1: Ações para o fortalecimento de fóruns e articulações locais na defesa e promoção do direito à cidade e ODSs. Atividades elegíveis incluem reuniões, oficinas, cursos de formação, diálogos, elaboração de estudos e denúncias que estejam relacionados à implementação do direito à cidade e dos ODS.
Eixo 2: Ações de sensibilização e mobilização social em relação ao direito à cidade e ODSs. Atividades elegíveis incluem campanhas de pressão e visibilidade ou manifestações em espaços públicos e com ampla circulação de pessoas, bem como estratégias de comunicação digital, relacionadas à implementação do direito à cidade e dos ODSs. No Eixo 2, as propostas devem prever a mobilização ou alcance de pelo menos 1.000 pessoas, cada.

Serão selecionadas 10 propostas no Eixo 1 e 15 propostas no Eixo 2. Leia o edital completo aqui.

Fonte: FNRU

The post FNRU lança Edital de apoio a coletivos locais pelo direito à cidade appeared first on FNA.

0

Pensar as cidades através da sua população, principalmente as mulheres e os grupos minoritários, e colocar o povo como agente ativo do planejamento urbano foram algumas das ideias apresentadas pela professora iraniana Faranak Miraftab durante a “Semana de Planejamento e Política Urbana”. O evento, que marcou o Mês de Luta das Mulheres, foi organizado pelo Centro de Estudos em Planejamento e Políticas Urbanas da Universidade Federal do Paraná (CEPPUR-UFPR). Realizado nos dias 27 de fevereiro e 1º de março, no Campus Jardim Botânico e Campus Centro Politécnico da UFPR, contou com o apoio da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Estado Paraná (Sindarq-PR). A diretora geral do Sindarq-PR, Iara B. Falcade Pereira, que acompanhou o evento representando as entidades, destacou o simbolismo de começar o mês de março e o 8M com a presença e as contribuições feministas internacionais de Faranak.

“Para fazermos um planejamento territorial que atenda as necessidades atuais globais, precisamos colocar o cuidado e a vida no centro das decisões e do desenvolvimento urbano”, explica a professor iraniana. A partir de uma perspectiva de gênero e classe social, ela contextualiza a necessidade de inserir a população e suas ações coletivas no desenvolvimento das cidades. Durante a palestra, através de exemplos no Brasil, México e Peru, Faranak mostra como as comunidades, com suas próprias ações organizadas e autogestadas, podem desenvolver seus territórios e conquistar saneamento, desenvolver a economia local e proporcionar acesso à saúde. O desafio do urbanismo é incluir essas mobilizações e transformar a população em uma organização comunitária ativa na tomada de decisões. Conforme a pesquisadora, essa democracia participativa é multi-centrada e busca a inclusão autodeterminada, na qual os direitos das pessoas são reais e praticados.

O recorte de gênero e a relação feminina com a produção do espaço urbano também precisam de ainda mais atenção. A vivência das mulheres, principalmente na conquista de direitos, é uma maneira de transformar as cidades e pensar o planejamento como uma ferramenta política. Usando os recentes protestos no Irã, Faranak destaca como as políticas informais, a compreensão dos recursos da base opressora e o trabalho horizontalizado criam uma rede de resistência e dá voz à uma parcela da população que não é levada em conta. Para ela, há também uma importante abordagem do movimento em que os homens também se identificam com a importância coletiva de contribuir na luta de gênero. “Se queremos avançar, temos que olhar as comunidades oprimidas. No Irã, é uma evidência que a libertação dos homens é através da libertação das mulheres. Por isso, os movimentos estão unificados, e eu creio que para todo o mundo, e inclusive para a sociedade brasileira, é muito importante conhecer e apoiar essa luta para a igualdade de gênero e para a construção de uma sociedade melhor para todos”.

A professora e pesquisadora também deixa uma mensagem pelo 8M, Dia Mundial das Mulheres. “Colocar a vida e o cuidado no centro das decisões do urbanismo é olhar como os oprimidos cuidam de sua comunidade e como esse papel sempre é das mulheres. Temos muito que aprender sobre o trabalho cotidiano e pensar como fazer um planejamento que coloque a vida e o cuidado como algo não negociável. Se mudarmos o centro e os valores dos nossos planos e desenhos, eu creio que teremos um mundo diferente. Qual valor não é negociável?”.

Trocas de experiência
Além dos debates, a “Semana de Planejamento e Política Urbana” também levou Faranak para dentro das salas de aula. Ainda no dia 01/03, a professora conversou com o coletivo do grupo de extensão Planejamento Territorial e Assessoria Popular (PLANTEAR) da UFPR, com o objetivo de trocar experiências e conhecer a realidade paranaense urbana e rural em que o coletivo atua. Acompanharam a conversa, além de Iara, estudantes do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo Caracol (EMAU Caracol-UFPR), estudantes e pós-graduandos do Coletivo de Estudos sobre Conflitos pelo Território e pela Terra (ENCONTTRA-UFPR) e os professores de arquitetura e urbanismo, Marcelo Andreoli, de engenharia civil, José Ricardo Faria e de geografia, Jorge Montenegro.

“É importante analisarmos como o planejamento urbano mundial sofre os mesmos males. As cidades crescem pensando na prosperidade da lógica capitalista sem levar em conta a maior parcela de sua população. Entender como essas comunidades periféricas funcionam e partir delas na construção territorial é um desafio que precisa ser fortalecido e central na formação e atuação das e dos profissionais da arquitetura”, afirma Iara. Faranak ainda visitou, no dia 25/02, o Assentamento Contestado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Lapa (PR), no dia 02/03, a Ocupação Nova Esperança do Movimento Popular por Moradia (MPM), em Campo Magro (PR), e, no dia 01/03, o Vale do Ribeira paranaense, para conhecer as ações de regularização fundiária da prefeitura de Rio Branco do Sul (PR). Após sair do Paraná, ao lado do CEPPUR, esteve no Rio de Janeiro para realizar um trabalho com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR-UFRJ).

Fotos: Iara B. Falcade Pereira

The post A Vida e o Cuidado no centro das ferramentas urbanísticas appeared first on FNA.

0

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS) e o projeto Softwares Livres para Arquitetura e Engenharia (Solare) ministrarão, nos dias 28 e 30 de março, oficinas práticas dos programas QGIS, de planejamento territorial e ambiental, e FreeCad, de CAD e BIM e a migração de dados de geoprocessamento, nas cidades de Rio Grande e Bagé (RS). As aulas presenciais acontecem durante o evento “Rumos da Arquitetura e Urbanismo”, promovido pelo CAU/RS, e serão comandadas pela arquiteta e urbanista e professora do projeto, Paula Moreira. A participação é gratuita e destinada a profissionais e estudantes de arquitetura. É possível realizar as inscrições aqui.

De acordo com o coordenador do Solare, Danilo Matoso, as oficinas presenciais são uma oportunidade de um primeiro contato com os softwares livres. “Hoje em dia, é possível executar todo o trabalho de um escritório de arquitetura e urbanismo usando somente softwares livres. A ideia é apresentar algumas ferramentas básicas e mostrar os softwares funcionando na prática, demonstrando a eficácia e a segurança dos softwares”, explica. Os cursos virtuais seguem disponíveis nas plataformas oficiais do projeto, onde também é possível acessar uma biblioteca de 75 componentes de habitação e participar do canal do Telegram para acompanhar o conteúdo e compartilhar informações.

O evento “Rumos da Arquitetura e Urbanismo”, com a participação do Solare, deve seguir até junho também nas cidades de Sant’Ana do Livramento, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Cruz Alta, Erechim, Passo Fundo, Lajeado, Bento Gonçalves e Caxias do Sul. O CAU/RS deve divulgar as próximas datas em www.caurs.gov.br

Rumos da Arquitetura e Urbanismo
28/3 – Rio Grande
Câmara do Comércio (CDFL)
9h às 12h – Palestra “Fuja das Armadilhas da Profissão: Segurança para Você e Seu Cliente” e Oficina Solare

30/3 – Bagé
Complexo do Museu Dom Diogo Souza (URCAMP)
9h às 12h – Palestra “Fuja das Armadilhas da Profissão: Segurança para Você e Seu Cliente” e Oficina Solare

The post Solare e CAU/RS ministram cursos de software livre no interior do Rio Grande do Sul appeared first on FNA.

0

Pelo menos 45 emendas apresentadas por deputados e senadores à Medida Provisória (MPV) 1162/23, que recria o Programa Minha Casa Minha Vida, tem relação direta ou indireta com a arquitetura e urbanismo. O levantamento foi feito pela Assessoria de Relações Institucionais do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU Brasil) com base nas propostas protocoladas até 23 de fevereiro, prazo final para recebimento das emendas pela Comissão Mista da Medida Provisória (CMMPV). Entre os destaques, estão as de nº 129 e 135, que alinham a política habitacional do Governo Federal à Lei da Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (Athis – Lei 11.888/08); e a nº 120, que sugere a participação de entidades de classe e profissionais na qualificação técnica e melhoria da qualidade das habitações.

As emendas que pretendem prever as garantias da Lei da Athis na nova fase do programa Minha Casa Minha Vida foram propostas pelo deputado Merlong Solano Nogueira (PT/PI) e procuram assegurar a assistência técnica prestada por profissionais de arquitetura e urbanismo e engenheiros, inclusive nos casos de melhorias habitacionais. Na justificativa, o deputado argumenta que o Artigo 2º da legislação prevê assistência técnica pública e gratuita para moradias direcionadas a famílias com renda mensal de até três salários mínimos. Também menciona a ampla mobilização dos profissionais e das entidades que representam os arquitetos e urbanistas e engenheiros em nível nacional para que fazer o benefício valer.

Já a Emenda nº 120/2023, de autoria do senador Weverton (PDT-MA), procura incentivar a participação de entidades de classe e profissionais de arquitetura, urbanismo e engenharia na promoção de ações de qualificação técnica e socioambiental no sentido de melhoria da qualidade das habitações financiadas pelo programa.

O novo Minha Casa Minha Vida
Criado em 2009, o Programa Minha Casa Minha Vida foi substituído pelo Casa Verde e Amarela durante o governo Bolsonaro. Uma das mudanças foi a suspensão da faixa de renda mais baixa. A Medida Provisória 1162/23, apresentada pelo atual Governo em 15 de fevereiro, pretende corrigir este e outros desvios. Pela proposta, terão prioridade na concessão dos financiamentos famílias chefiadas por mulheres; compostas por PCDs, idosos, crianças e/ou adolescentes; pessoas em situação de vulnerabilidade social ou em deslocamento involuntário em razão de obras públicas, entre outros motivos. O programa será gerenciado pelo Ministério das Cidades, também recriado pelo novo governo.

A MP passará pela análise dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e poderá contar com mudanças sugeridas pelos parlamentares. No total, 253 emendas foram apresentadas e todas elas serão analisadas pela Comissão Mista, formada por parlamentares das duas casas legislativas para avaliar o texto da MP 1162/2023. A matéria tem prazo de 60 dias, prorrogáveis por outros 60, para ser analisada nas duas casas legislativas.

Confira o resumo das emendas sugeridas

A rede nacional de pesquisas BRCidades, junto às demais entidades representativas, entre elas a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), lançou o manifesto “PMCMV – O que manter e o que mudar?”. O documento, encaminhado ao presidente Lula e ao Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, traz sugestões para a nova versão do Programa Minha Casa Minha Vida, considerando o desempenho das versões anteriores. Algumas das propostas estão contempladas no projeto original:

Veja o comparativo

Fonte: CAU Brasil
Foto: Lúcio Tavora/Ministério das Cidades

The post Emendas incluem Athis no programa Minha Casa Minha Vida appeared first on FNA.

0

O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal terá como prioridade retomar as obras de habitação social, saúde, educação, esporte e cultura paralisadas no Brasil. Espera-se que o anúncio, realizado pelo presidente Lula (PT) nesta sexta-feira (10/03) em reunião ministerial, seja mais uma vitória para os movimentos de luta por moradia e para as entidades representativas de arquitetura e urbanismo, principalmente, pela garantia do direito a cidades mais justas, qualificadas e com menor segregação social.

De acordo com o presidente, há 186 mil moradias inacabadas no Minha Casa Minha Vida (MCMV) e a retomada das obras será realizada através das gestões estaduais e municipais que terão suas linhas de crédito aumentadas junto aos bancos públicos. A presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Andréa dos Santos, afirma que, além de aumentar o número de moradias populares, “o PAC será também uma oportunidade de enxergarmos a importância dos arquitetos e arquitetas concursados no serviço público. Não só para a elaboração de projetos, mas também para acompanhamento, organização de prioridades, monitoramento, fiscalização, gestão dos processos e implementação das políticas públicas. Tudo isso como uma forma de fortalecer o debate urbano na qualificação das cidades”.

Através de uma nova plataforma de monitoramento, também lançada durante a reunião e batizada de “Mãos à Obra”, as prefeituras poderão atualizar um banco de dados informando todos os empreendimentos paralisados de suas regiões, apontando as prioridades e urgências de retomada. A lista será finalizada até 10 de abril e analisada junto a 417 obras estaduais urgentes elencadas pelos governadores.

O PAC original foi lançado em 2007 com o objetivo de acelerar o crescimento econômico do país com a geração de empregos e de proporcionar melhorias nas áreas de saneamento, energia, habitação, transporte e recursos hídricos das cidades. O governo federal deve rebatizar o projeto com um novo nome nas próximas semanas.

Andréa também destaca que o programa deve causar um forte impacto na qualidade de vida da população. “Com a participação dos governos municipais e dos responsáveis técnicos pelas cidades, que lidam diariamente com os problemas, será possível fazer um planejamento que beneficie o povo. Nossos municípios têm sofrido com o abandono e a falta de infraestrutura dos grandes centros, por isso, esperamos que esses recursos retomem o direito aos espaços urbanos, o direito à moradia e aos territórios coletivos”.

Foto: Marcos Jatahy/@jpfotoevideo

The post Retomada do PAC deve acelerar obras de habitação social appeared first on FNA.

0

“Você tem certeza?”. De acordo com a Diretora Jurídica e de Assuntos Legislativos do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Estado de São Paulo (SASP), Angela Silva, essa é a principal pergunta do dia a dia da mulher dentro do mercado de arquitetura e urbanismo. A frequência do questionamento surgiu durante a live “Trabalho e o Campo de Atuação da Arquitetura e Urbanismo”, realizada na quarta-feira (09/03) pela entidade, que procurou debater os desafios, o combate à misoginia e as diferentes áreas de atuação a serem exploradas pelas mulheres. O encontro faz parte das ações pelo 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e ainda contou com a participação da Diretora de Estudos, Pesquisas Técnicas e Desenvolvimento Profissional Adjunta do SASP, Daniella Farias Scarassatti, e da Diretora de Relações Institucionais e Políticas Públicas, Marineia Lazzari Chiovatto. É possível conferir o debate completo no canal do YouTube do Sindicato.

É consenso entre as profissionais que é uma rotina dentro do mercado de trabalho de arquitetura as mulheres terem sua autoridade questionada. “Temos que nos defender o tempo todo. Seja as nossas ideias, seja o nosso conhecimento técnico. Estamos sempre correndo atrás de formação e capacitação e, ainda assim, precisamos convencer de que estamos certas”, destaca Daniella. A explicação está por trás do fato de vivermos em uma sociedade patriarcal, que estimula as meninas a serem comedidas e a não disputarem os espaços de poder. Marineia explica que é possível ver essa realidade, inclusive, no dia a dia das cidades. “Somos ensinadas a sentar com as pernas fechadas e a ocuparmos o menor espaço possível, até mesmo em um transporte público, onde o homem, por exemplo, toma conta de 70% de um banco no ônibus”. A Diretora de Relações Institucionais do SASP ainda exalta que é preciso criar uma rede de apoio entre as mulheres e permitir que as mesmas se tornem protagonistas de suas carreiras.

Espaço para esse protagonismo não falta. Com o crescimento das ferramentas tecnológicas, as áreas da arquitetura e do urbanismo se tornam cada vez mais amplas. Angela destaca a necessidade de sensibilizar as mulheres a explorarem os diferentes campos de atuação e fazerem arquitetura além do projeto. Perícias, banco de dados, licitação, avaliação imobiliária, acessibilidade, patrimônio histórico e área ambiental – no que diz respeito ao meio ambiente e a construção de espaços – são apenas alguns dos campos atualmente disponíveis e, em muitos casos, ainda dominados por homens. As profissionais também levam ao debate o quanto a arquiteta pode ser agente de transformação. “Nossas trajetórias e nossas vivências nas cidades, enquanto mulheres, são fatores essenciais nesse trabalho voltado à moradia popular e ao desenvolvimento de territórios sociais”, afirma Daniella. De acordo com as profissionais, isso se dá em conta da vivência feminina enquanto mãe, trabalhadora e, em muitos casos, como responsável pelos espaços familiares, compreendendo que a função da habitação vai além da moradia.

The post Ter o conhecimento técnico questionado é recorrente entre as arquitetas appeared first on FNA.

0

Procurando se somar aos esforços pela retomada do Sindicato dos Arquitetos do Rio Grande do Sul (Saergs), o arquiteto e urbanista André Huyer assumiu a vice-presidência da entidade no dia 03/03. Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na sede da entidade, em Porto Alegre (RS), a escolha do profissional foi aprovada por unanimidade. Huyer é mestre e doutor em Planejamento Urbano e Regional e especialista em patrimônio cultural e centros urbanos. Já trabalhou com escritório próprio, atuou no setor de arquitetura da Secretaria de Saúde da capital da gaúcha e foi arquiteto analista estatutário do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS). Atualmente, realiza consultorias na área de planejamento urbano. O arquiteto participa da entidade desde 1990.

“Me junto aos demais colegas para seguir trabalhando pelo fortalecimento do Saergs. Termos uma entidade representante ativa e atuante faz toda a diferença no dia a dia dos profissionais e na defesa da nossa classe”, comenta Huyer. A Diretoria Executiva de Transição, composta pelos arquitetos Eduardo Bimbi, como presidente, Juliana Betemps, como diretora financeira, Cicero Alvarez, como secretário geral, e Maria Teresa Peres de Souza, Hermes Puricelli e Rinaldo Barbosa, como conselheiros fiscais, fica à frente da entidade até novembro de 2023. Ainda foram debatidas as ações implementadas pela retomada do Saergs e os valores da Contribuição Social e Contribuição Sindical Urbana para o ano.

Foto: Carolina Jardine

The post André Huyer assume vice-presidência do Saergs appeared first on FNA.

0

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), de 2021, as mulheres representam 51,1% da população do Brasil. Apesar de configurarem a maior fatia entre os brasileiros, ainda são uma classe minoritária no que diz respeito à segurança e acesso ao direito à cidade. Mas o que exatamente isso significa? Quem nos ajuda a contar essa história é Maria. Um perfil fictício criado pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), de uma mãe solo, de 35 anos, de duas crianças e moradora de bairro periférico em um grande centro urbano. Maria é auxiliar de serviços gerais em uma empresa no centro da cidade. E é através do dia a dia dela que vamos entender como as cidades são excludentes com as mulheres.

Atualmente, apenas 21,5% do legislativo brasileiro (TSE Mulheres), na perspectiva federal, estadual e municipal, é feminina. Como pensar a mobilidade e os espaços urbanos eficientes e seguros, com acesso à ônibus, moradia, creche, escolas e espaços de lazer, sendo que boa parte das leis no país são pensadas, desenvolvidas e aprovadas por homens? A cidade e as políticas públicas são diretamente responsáveis pela diminuição da desigualdade de gênero e é preciso pensar os municípios como uma rede de apoio às mulheres. Seja na localização central dos conjuntos habitacionais e na segurança e rapidez do trajeto até o trabalho, seja no apoio das escolas e creches para cuidar dos filhos enquanto elas buscam sustento familiar na rua.

Maria acorda todos os dias às 4h30min. A distância de casa até o trabalho gira em torno de 2 horas, com um pedaço do percurso a pé e outro de ônibus. No bairro onde mora, as vagas para as creches e escolas esgotaram e ela só conseguiu inscrever os filhos em uma região vizinha. Hoje, ela é moradora de um programa de habitação social, onde a prefeitura criou um bairro residencial sem incluir os serviços de apoio e prestação de serviço suficientes à população. Essa situação, e a falta de acesso à rede de educação pública, criou um desvio da sua rota diária e acrescentou mais 1 hora de trajeto. No serviço, ela só se libera às 18h, enquanto as crianças saem da escola às 12h30min. Como ela poderia buscar os filhos no colégio? Uma pesquisa da Catho, de 2018, revela que 30% das mulheres abandonam o mercado de trabalho para cuidar dos filhos. Um estudo da Universidade de Rochester, baseado em dados do município de São Paulo, aponta que a ampliação de creches públicas aumenta em 44 pontos percentuais a probabilidade de emprego para as mães brasileiras.

De acordo com os últimos dados do Ministério das Cidades, de 2015, as mulheres representavam 71% dos beneficiários dos programas de habitação social. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, em 2018, que 45% das mulheres são chefes de família e a única renda financeira da casa. Maria faz parte dessas estatísticas. E é obrigação do Estado, muito mais do que oferecer a moradia, pensar os bairros, as escolas e os espaços de lazer para prover à essa mãe solo toda a assistência necessária para seguir no mercado de trabalho. A solução que Maria encontrou para o retorno dos filhos após às aulas foi ensinar Rafael, de 10 anos, e Bruno, de 8 anos, a usarem as linhas de ônibus da cidade, afinal, a prefeitura não oferece serviços de transporte escolar. Logo que os meninos chegarem em casa, Carolina, a vizinha, é quem vai ficar de olho nas crianças até que Maria possa voltar para o seu bairro, tudo isso, lá pelas 21h. 

Além de todas as estatísticas das quais nossa personagem já faz parte, e de toda a responsabilidade pública (que não acontece) em auxiliá-la, Maria ainda vive uma realidade que diz respeito somente a sua própria segurança: o assédio nos espaços públicos. A Pesquisa Origem e Destino, realizada pelo Metrô de São Paulo em 2017, revela que 74% dos usuários de transporte coletivo são mulheres. O Instituto Locomotiva e a Agência Patrícia Galvão divulgaram, em 2021, que 54% delas já sofreram algum tipo de assédio no transporte público. Esse número chega a 86% (YouGov, 2016) quando o assédio é em espaços urbanos, como parques, banheiros e nas ruas da cidade. E para sermos honestos, existe um caminho mais fácil para Maria chegar em casa, que reduziria quase 40 minutos do seu trajeto diário. Mas ela evita, porque isso implicaria em andar em ruas sem iluminação pública, com nenhum movimento e sem segurança. Essa é a realidade de 69% (YouGov, 2016) das mulheres brasileiras, que têm receio de circular pela cidade à noite. Inclusive, com mais medo de assédio do que de assalto.

Os planos diretores e a mobilidade urbana precisam ser analisados na perspectiva de gênero, levando em conta o dia a dia de uma personagem como Maria, que representa a realidade de incontáveis mulheres no país. Não é possível falar em moradia para famílias de baixa renda sem considerar que as zonas empregatícias estão nas regiões centrais das cidades, por isso, criar um conglomerado habitacional em bairros afastados não resolve o problema. Ainda mais quando a expansão da cidade para novos bairros vem sem o apoio público de saúde, educação e trabalho para a população que será deslocada até essas regiões. O transporte coletivo, que precisa ser fracionado do centro até os bairros periféricos, também entra nessa equação de problemas quando obriga a espera das mulheres em locais pouco iluminados e movimentados. 

Em 2021, 51% das cadeiras do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU Brasil) foram ocupadas por mulheres, pela primeira vez desde a criação da entidade, a representação feminina foi maior que a masculina. Os caminhos vêm se abrindo, mas ainda são lentos. Hoje, a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/DN), a Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo (FeNEA), Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (Abea), Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (Abea), Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA) e o CAU Brasil tem como presidente, ou vice-presidente, mulheres. Instituições que têm um papel fundamental no pensar das cidades e em promover as discussões de gênero dentro da categoria. Em contrapartida, das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados em Brasília, somente quatro foram ocupadas por arquitetos e urbanistas, sendo apenas uma delas por uma mulher. 

Apesar das evoluções, falta representatividade feminina dentro dos espaços de poder e dos órgãos que podem mudar a realidade de tantas mulheres que chefiam suas casas, suas famílias e que geram renda para o país. É direito de toda a população brasileira ter acesso à segurança, à moradia e, principalmente, à cidade. É dever dos governos municipais, estaduais e federais oferecer as estruturas para que se garanta essa vivência da cidadania. Nesse dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, ainda há muito pelo que se lutar. É preciso eleger mulheres, ouvir mulheres, desenvolver cidades para mulheres e por mulheres. Seguimos em luta pelas 108 milhões de Marias.

Foto: Carolina Jardine

The post 8M: As cidades são feitas para e por mulheres? appeared first on FNA.

0

Buscando ampliar suas vozes contra o machismo e as desigualdades de gênero, as mulheres brasileiras tomam as ruas do país neste 8 de março. A data, que marca o Dia Internacional de Luta pela Mulher, terá concentração nas capitais e cidades do interior com apresentações, marchas e atos públicos debatendo o protagonismo feminino na manutenção da democracia e a necessidade de políticas públicas no combate à violência contra a mulher. De acordo com dados no Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no primeiro semestre de 2022 houve uma média de quatro vítimas de feminicídio no Brasil. A previsão é que no dia 8, o governo federal e o Ministério das Mulheres lancem um conjunto de iniciativas e políticas de enfrentamento à violência. Nos últimos quatro anos, o orçamento da União para a pauta foi 94% menor.

“Com a retomada da democracia, esperamos ver com muito mais afinco a pauta da mulher nos espaços de poder. Precisamos debater a desigualdade de gênero no mercado de trabalho, o papel feminino na reconstrução de uma política mais plural e uma urgência no combate diário à violência e na garantia de segurança”, afirma a presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Andréa dos Santos. Em alusão ao #8M, a entidade trará à discussão a relação das mulheres com as cidades no país. Durante os dias 7 a 10 de março, serão apresentados dados de mobilidade, habitação social e segurança e como os municípios podem se tornar rede de apoio no dia a dia de inúmeras cidadãs brasileiras.

Confira onde ocorrem os atos pelo Dia Internacional de Luta pela Mulher no Brasil.

ALAGOAS
Maceió: Concentração para o ato na Praça Centenário, às 15h.

BAHIA

Salvador: Caminhada da Lapinha ao Pelourinho (trajeto 2 de Julho). Tema será “Mulheres insubmissas protagonistas da democracia”

CEARÁ
Fortaleza: Ato na Praça do Ferreira a partir das 14h. Às 16h haverá caminhada e panfletagem. O tema é “Pela vida das mulheres! Democracia, territórios e direitos: Contra a fome, a violência, o racismo e sem anistia para golpistas.

DISTRITO FEDERAL
Brasília: Marcha com concentração no Eixo Cultural Íbero-americano (antiga Funarte), às 16h. De lá, as mulheres seguem até o Palácio do Buriti, para exigir do GDF políticas de enfrentamento à violência de gênero.

MATO GROSSO DO SUL
Campo Grande: Ato às 8h na Praça Ari Coelho. O tema é “Mulheres em Resistência, Sempre Vivas e contra todas as Formas de Violência”.
Dourados (MS): A partir das 15h, na Praça Antônio João, com o tema “Vivas e Livres! todas em resistência por uma cidade para as mulheres”.

MINAS GERAIS
Belo Horizonte: Ato a partir das 16h, na Praça Liberdade. Caminhada às 17h pelas ruas da cidade.

PARANÁ
Curitiba: Marcha das Mulheres, com concentração a partir das 16h na Praça Santos Andrade. Às 18h, acontecerá um ato da Frente Feminista de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral. Às 19h, ocorrerá a Marcha das Mulheres e seguirá em caminhada até a Boca Maldita para o ato de encerramento
Londrina: Ato a partir das 17h30 no Calçadão em frente às Lojas Pernambucanas

RIO GRANDE DO SUL
Porto Alegre: A marcha será realizada às 17h, com concentração na Praça Matriz a partir das 14h. Ao longo do dia outras atividades também serão realizadas.

SÃO PAULO
Capital: Ato às 17h no Vão Livre do Masp, na Avenida Paulista. “Mulheres em defesa da Democracia” será a bandeira levada às ruas. Antes, às 15h, haverá atividade no Espaço Cultural Lélia Abramo, na Rua Carlos Sampaio, 305 (próximo à Paulista).
Campinas: “Contra o fascismo e em defesa da democracia! Punição para racistas, golpistas e genocidas! Pelo fim da fome e da violência contra a mulher, pela ampliação dos direitos trabalhistas e pelo aborto legal e seguro!”. A concentração será no Largo do Rosário, às 17h.
Santos: Concentração a partir das 17h na Estação da Cidadania. O tema é “Mulheres nas ruas em defesa da democracia. Punição aos golpistas e racistas”.

SERGIPE
Aracaju: Concentração com café da manhã, a partir das 7h, na Pça General Valadão. Haverá caminhada pelas ruas da cidade, além de panfletagem e diálogo com a população. Estão previstas apresentações culturais do Grupo Folclórico do Sintese e de mulheres artistas de Sergipe na Pça General Valadão.

PARÁ
Belém: Ato “Pela vida das mulheres por democracia, contra a fome e em defesa dos territórios e das originárias da Amazônia”. A concentração começa às 8h, no Largo do Redondo.

AMAZONAS
Manaus: Em defesa da democracia e dos direitos das mulheres, a concentração começa às 15h na Praça da Saudade. O trajeto seguirá, a partir das 16h, rumo à Praça São Sebastião.

TOCANTINS
Palmas: “Mulheres do Cerrado e da Amazônia em luta contra a violência e a fome! Por cidadania, soberania alimentar e Democracia! Sem anistia para golpistas!” acontece na Feira Livre do Aureny I.

RIO GRANDE DO NORTE
Natal: “Pela vida das mulheres: reconstruir o Brasil com democracia, contra o fascismo e pelo bem viver” às 15h, no Midway. A saída será às 16h.

PERNAMBUCO
Caruaru: No dia 11 de março, às 8h. O local de concentração está sendo definido.
Garanhuns: O ato de Garanhuns também acontece no dia 11 de março, com concentração na Praça da Fonte, às 18h.
Recife: “Mulheres nas ruas contra: o racismo, o feminicídio, o transfeminicídio, o encarceramento em massa, pela legalização do aborto, por uma democracia popular e sem anistia para golpistas” com concentração marcada para às 14h, na Treze de Maio.

Fonte: Marcha Mundial das Mulheres e CUT Brasil
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

The post Atos de luta pelo Dia Internacional da Mulher ocorrem nesta quarta-feira em todo o Brasil appeared first on FNA.

0

Generated by Feedzy